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E AFINAL, O QUE É SORORIDADE?

Sororidade foi uma palavra que conheci há pouco tempo, em 2018, quando minha grande amiga Marina estava criando a ideia e definindo o nome projeto LIS (Liberdade, Igualdade, Sororidade). Na época, ela me perguntou o que eu achava do nome Projeto Sororidade e conversamos sobre o significado da palavra, que eu achava que entendia, mas percebi que não.

Quando ficou claro para mim que trata-se da “união e aliança entre mulheres, baseada na empatia e companheirismo, em busca de alcançar objetivos em comum” e que “está fortemente presente no feminismo, sendo definido como um aspecto de dimensão ética, política e prática deste movimento de igualdade entre os gêneros” eu pude perceber o quão alienada estava dentro desta questão. Não por discordar do conceito ou da importância do seu significado, mas por isso ser algo tão natural e implícito para mim, um pensamento automático e não reflexivo de que todos devem ter os mesmos direitos e tratamento, de como não avalio as pessoas pelo seu gênero, raça ou orientação sexual, mas sim por seu caráter e postura diante das situações.

Acredito que isso está ligado às minhas origens e valores, onde as mulheres não são apenas a maioria, mas têm personalidade forte, voz e igualdade de tratamento em todas as circunstâncias. Minha avó começou a trabalhar como bancária com 17 anos na década de 30 e nas minhas doces lembranças de almoços de domingo em família, quem sempre estava na cozinha lavando a louça era meu avô. E juntos eles criaram 4 filhas e assim minha mãe, minha irmã, minhas tias e primas são sem dúvida minha maior fonte de inspiração e o grande orgulho da minha vida em todos os sentidos.

Mas voltando à questão da sororidade, compreendi então a importância de sair da inércia e dos meus pensamentos formados na zona de conforto, sejam eles pelos meus valores, formação ou pelo pouco preconceito que hoje percebo que sofri nas minhas experiências profissionais (comparando a outras mulheres), para assumir o compromisso de refletir e olhar com mais atenção para as situações em que não apenas devo tratar a todos com igualdade, como também defender e incentivar as mulheres  ao meu redor a terem voz e vez em todas as circunstâncias e principalmente no ambiente profissional, onde sabemos que ainda há tanto preconceito e machismo envolvidos, oportunidades desiguais e desvalorização da opinião e do resultado do trabalho feito pela mulher.

A esta nova consciência deixo aqui então meu agradecimento especial à Marina, amiga que me ensina tanto com sua inteligência e sensibilidade, e a todas as mulheres com quem tive o grande prazer de trabalhar, me ensinaram tanto, me enchem de boas recordações e orgulho e me ajudaram a me tornar a publicitária e profissional de marketing que hoje sou: Camila, Michelle, Mirella, Tamara, Ivana, Simony, Elaine, Elis, Caróis, Mariângela, Kiara, Gabi, Marriett, Ana Carla, Thaís, Sofia, Andréia, Geizane, Silvana, Marina, Aline, Sharon, Arielly, Sacha, Marisol, Natacha, Gláucia, Anas, Patrícias, Rose, Letícias, Adrianas, Vânia, Vanessa, Gisele, Samantha e tantas outras que não lembrei no momento para citar…

Que nossas batalhas de cada dia possam ser repletas de conquistas, de mãos dadas, sem julgamentos e com apoio incondicional, lutando pelo bem comum de todas e pelo espaço de igualdade que tanto almejamos, apenas e simplesmente por merecer. Juntas somos mais fortes.

  • Thaisa Bogoni | Gestora Comercial e de Marketing

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